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Quanto dinheiro é preciso guardar para comprar uma casa em alguns anos?

Comprar uma casa exige muito pensamento e planejamento antes de assinar um contrato. É preciso ver se o imóvel atende todas as expectativas dos moradores, se cabe mesmo no bolso, se os planos correspondem àquele futuro lar… e, claro, se o custo benefício realmente vale a pena.


Para você que está planejando comprar uma casa ou um apartamento, a primeira dica da educadora financeira Dina Prates é simular três cenários: um imóvel dos sonhos, que talvez tenha um valor até "inalcançável"; um imóvel mediano e, por fim, um mais acessível, que não tem ainda tudo o que se deseja, mas é o possível no momento. Após imaginar as três possibilidades, é interessante fazer simulações de compra para cada uma delas e se perguntar se a compra será à vista ou parcelada; financiada ou feita com um empréstimo; e, então, seguir para concretizar os plantos!

É preciso levar consideração quem serão os moradores e se a família aumentará, para calcular o número de dormitórios e as necessidades do imóvel . O primeiro alerta da equipe de conteúdo do graninhas é se planejar a longo prazo caso não tenha o dinheiro à vista. É necessário avaliar a realidade financeira sem rodeios e entender quanto já existe guardado, quais são as despesas, se existe estabilidade no emprego e, consequentemente, financeira, se é preciso cortar gastos e contar com o auxílio do FGTS. "Esse cálculo deve considerar todos os gastos envolvidos na compra do imóvel, como entrada (10% a 20% do valor do imóvel), parcelas – que não pode comprometer mais de 30% da renda, documentação e impostos, reparos ou reformas. Tendo isso registrado, é hora de pesquisar um cantinho que se encaixa nesse orçamento. E pesquisar muito, tá?! Para encontrar o melhor custo-benefício", pontuam os especialistas. Caso a casa seja comprada por mais de uma pessoa, nem sempre a divisão será feita totalmente igual. Dina diz ser importante avaliar caso a caso para entender quem são os compradores e quais são as condições de cada um. A educadora comenta que, muitas vezes, as aquisições são feitas proporcionalmente à renda de cada pessoa.

É difícil afirmar quanto exatamente cada pessoa precisa guardar para seguir com a compra, mas é possível fazer projeções baseada nos desejos e objetivos de cada um. Uma dica fácil é guardar 30% da renda fixa mensalmente e investir . Para calcular quanto precisará ser guardado, é necessário colocar na "ponta do lápis" a realidade financeira de cada pessoa. Prates recomenda começar a reservar dinheiro já pensando na inflação. "Mesmo que você só compre o imóvel daqui a cinco anos, esse é o momento ideal para começar a se planejar. Faça o cálculo já com uma taxa de 20% em cima do valor de um imóvel que se adéqua às suas necessidades", comenta. Para ter uma realidade aproximada desse cenário, é preciso imaginar o futuro. Considere os planos de carreira, da família e do relacionamento para se basear em uma situação mais verdadeira o possível. "Uma maneira interessante de proteger o dinheiro que se quer guardar contra a inflação é os investimentos híbridos, tipo o Tesouro IPCA+. É que eles misturam dois tipos de investimentos: os prefixados – que você sabe na hora da aplicação quanto renderá no final – e os pós-fixados – que você sabe quanto renderá só no dia do resgate, porque está atrelado a algum índice que sofre variação", orienta os especialistas do graninhas. É preciso levar em conta que o valor da compra ainda não é o final. É preciso comprar móveis, pagar contas e, em alguns casos, ainda orçar uma reforma. A dica mais importante na hora de comprar uma casa é o planejamento. O time do graninhas orienta organizar os gastos e as despesas em uma planilha, aplicativo ou caderno, fazendo também uma projeção para os próximos meses. É importante também estabelecer metas para guardar dinheiro, prevendo também a economia que deve ser feita. Uma dica simples é guardar cerca de 30% da renda mensal.

Dina relembra ainda que o gasto com uma casa vai além da compra: é preciso mobiliar o imóvel, arcar com as despesas de água, luz, internet e mais. O planejamento precisa incluir outras etapas de economia.


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